O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um acordo com o governo venezuelano que permitirá o retorno de dezenas de milhares de imigrantes venezuelanos deportados. A negociação, realizada por meio de Richard Grenell, enviado especial de Trump para a Venezuela, foi confirmada nas redes sociais do presidente norte-americano. A medida visa facilitar os planos de deportação em massa do governo dos EUA, removendo um obstáculo significativo para a repatriação de imigrantes venezuelanos, incluindo membros de grupos criminosos como a gangue Tren de Aragua.
Esse acordo também marca uma mudança na postura do presidente da Venezuela, que, historicamente, se opunha à recepção de deportados dos EUA. Além disso, a administração Trump revogou recentemente o status de proteção temporária para mais de 600 mil venezuelanos, aumentando a vulnerabilidade desses imigrantes à deportação. A Venezuela concordou em oferecer transporte para os deportados, ajudando a atender aos compromissos de Trump de expelir um número recorde de imigrantes ilegais do país.
A visita de Grenell à Venezuela não envolveu promessas financeiras, mas foi vista como um gesto simbólico de aproximação entre os dois países, com foco na possível melhoria das relações bilaterais. A viagem também foi importante para Maduro, pois lhe permitiu apresentar a visita como uma forma de legitimação de seu governo, que é contestado por diversos países e organizações internacionais. Apesar disso, o presidente venezuelano segue enfrentando desafios, como acusações nos tribunais norte-americanos.