As ações das siderúrgicas brasileiras, CSN e Usiminas, enfrentaram queda na B3 na manhã desta segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025, com recuos de 0,78% e 1,43%, respectivamente. A pressão sobre esses papéis veio após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que as tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio devem ser implementadas nesta semana, embora a medida ainda não tenha sido oficialmente formalizada.
O Brasil tem uma significativa participação nas exportações de ferro, aço e alumínio, com US$ 6,37 bilhões em vendas desses produtos para o exterior em 2024. Os Estados Unidos são o principal destino, recebendo 40,8% dessas exportações. No entanto, a Gerdau, uma das grandes siderúrgicas do país, viu suas ações subirem 2,94%, já que grande parte de sua produção ocorre dentro dos EUA, o que a isenta das tarifas que afetariam outras empresas que dependem da exportação do Brasil.
O impacto das tarifas é sentido principalmente por setores que utilizam o aço como insumo, como a indústria automobilística, e pelos consumidores finais, que enfrentam o aumento no preço dos produtos. Essa situação não é nova, pois Trump já havia imposto tarifas semelhantes em 2018 e 2020, mas com algumas isenções para parceiros comerciais, incluindo o Brasil. A persistente alta das exportações brasileiras de aço para os EUA evidencia a relevância desse mercado para o país.