Os acionistas da operadora de saúde Hapvida aprovaram, em uma assembleia geral extraordinária realizada nesta terça-feira, a inclusão de uma cláusula no estatuto social da companhia. A nova medida estabelece que, caso qualquer acionista ou grupo de acionistas atinja uma participação igual ou superior a 20% do capital social, deverá ser feita uma oferta pública de aquisição de ações (OPA).
Essa cláusula, conhecida no mercado como “poison pill” (pílula de veneno), tem como objetivo proteger a empresa de aquisições hostis, dificultando que um único investidor ou grupo de investidores obtenha controle significativo sem o consentimento da companhia. A aprovação da medida foi tomada pela maioria dos acionistas presentes à reunião, conforme registrado na ata da assembleia.
A inclusão da cláusula ocorre em um momento estratégico, visando assegurar a estabilidade da empresa e evitar pressões externas que possam prejudicar a sua governança ou a sua estratégia de crescimento. A decisão reflete uma tendência crescente entre as empresas brasileiras em adotar mecanismos de defesa contra investidas de controle por terceiros.