A Academia Brasileira de Letras (ABL) manifestou profundo pesar pela morte do cineasta Cacá Diegues, ocorrida na madrugada de sexta-feira, 14 de fevereiro, aos 84 anos. Ele faleceu devido a complicações após uma cirurgia. O velório será realizado no dia seguinte, 15 de fevereiro, na sede da ABL, no Rio de Janeiro. Cacá foi eleito Acadêmico em 2018, sucedendo o cineasta Nelson Pereira dos Santos, e sua carreira, que durou mais de cinco décadas, foi marcada pela sensibilidade com que abordou a identidade cultural do Brasil e questões sociais e políticas.
A nota divulgada pela ABL destaca a contribuição de Cacá para o crescimento do cinema brasileiro e sua defesa incansável da liberdade de expressão. O presidente da Academia, Merval Pereira, destacou sua visão holística da cultura nacional, que também se refletia em seus escritos e debates dentro da instituição. Diversos membros da ABL prestaram homenagens, com Edmar Bacha e Ruy Castro ressaltando a importância de Cacá para a cultura brasileira e seu papel fundamental em momentos difíceis para o cinema do país.
Além de sua obra cinematográfica, o cineasta era reconhecido por sua dedicação à arte e à cultura brasileira. Rosiska Darcy de Oliveira, amiga e vizinha de Cacá, descreveu-o como uma pessoa doce e corajosa, que garantiu a sobrevivência do cinema brasileiro em tempos adversos. A ABL, ao lembrar seu legado, reafirma a importância de Cacá Diegues para a cultura e a arte do Brasil, tornando-o uma figura imortal na história do país.