Carol tem tentado limpar sua casa há dois anos, mas em meio ao caos de seus pertences desorganizados, ainda não há espaço suficiente para se sentar ou mesmo para caminhar. Apesar disso, ela considera que os progressos feitos são satisfatórios. As torres de roupas amassadas, jornais amarelados, pedras e sacolas empilhadas estão agora mais baixas, na altura da cintura, comparadas às pilhas perigosamente altas de seis meses atrás, que chegavam até o teto, rodeadas por teias de aranha e lâmpadas quebradas.
Essa situação reflete o quadro de muitas pessoas afetadas por condições como o transtorno de acumulação, um problema pouco compreendido e frequentemente acompanhado de vergonha. Nesse contexto, o Conselho de Gloucester adotou uma abordagem inovadora para apoiar os afetados, oferecendo não apenas conselhos sobre organização e redução de objetos, mas também assistência psicológica. A iniciativa visa tratar tanto os aspectos físicos quanto emocionais do transtorno, ajudando as pessoas a lidar com o estigma e a complexidade de suas situações.
A abordagem do conselho tem se mostrado promissora ao reduzir o sofrimento causado pela acumulação excessiva e ao promover um ambiente mais saudável. Ao combinar aconselhamento psicológico com orientações práticas sobre como desorganizar o ambiente, a estratégia busca transformar a relação das pessoas com seus pertences, incentivando mudanças sustentáveis e proporcionando uma sensação de controle sobre o caos vivido em seus lares.