O estudo revela que a capacidade da Terra em sequestrar dióxido de carbono por meio de plantas e solos alcançou seu pico em 2008, mas, desde então, essa absorção tem diminuído constantemente. A análise de medições atmosféricas mostra que a quantidade de carbono que a vegetação consegue armazenar tem caído ao longo dos anos, o que aumenta os riscos de um colapso climático descontrolado. Este declínio indica que os mecanismos naturais de captura de carbono estão perdendo eficácia, o que pode agravar ainda mais as mudanças climáticas.
Embora o aumento das concentrações de dióxido de carbono tenha impulsionado o crescimento das plantas durante o último século, o cenário tem mudado devido ao impacto de eventos climáticos extremos e condições adversas. O aquecimento global tem intensificado fenómenos como incêndios florestais, secas, tempestades e inundações, que prejudicam a capacidade de absorção das plantas. Além disso, o estresse térmico, o surgimento de novas pragas e doenças, e a alteração nos ciclos naturais de crescimento contribuem para a diminuição da eficiência na captura de carbono.
Essa tendência de queda tem implicações significativas para os esforços de mitigação das mudanças climáticas, uma vez que as plantas e solos têm sido considerados como grandes aliados no combate ao aumento do dióxido de carbono atmosférico. Com a desaceleração do processo de sequestração de carbono, as opções para lidar com os impactos do aquecimento global se tornam cada vez mais limitadas, tornando urgente a necessidade de novas soluções para a crise ambiental.