Uma pesquisa recente revelou uma mudança significativa na percepção dos europeus sobre os Estados Unidos, especialmente após o possível retorno de Donald Trump à presidência. A pesquisa, realizada em 11 países da União Europeia, além de Ucrânia, Suíça e Reino Unido, indicou que a maioria das pessoas passou a ver os EUA não mais como aliados, mas como um parceiro necessário, refletindo uma diminuição na confiança nas relações transatlânticas. Esse fenômeno foi particularmente notável em países como Polônia e Dinamarca, que, há apenas 18 meses, ainda viam os EUA como aliados próximos.
O estudo sugere que as relações com Washington agora são vistas de forma mais pragmática, com uma abordagem mais “realista e transacional”. Isso reflete uma adaptação às mudanças no cenário político global e o crescente ceticismo quanto às políticas americanas, especialmente sob uma liderança controversa. A mudança na visão europeia pode ter implicações significativas para a política externa da União Europeia, que está cada vez mais focada em sua própria autonomia e interesses geopolíticos.
Embora o sentimento de afastamento em relação aos EUA tenha se intensificado, a pesquisa também destacou que a maioria dos europeus ainda reconhece a necessidade de cooperação com os Estados Unidos, seja em questões econômicas, segurança ou desafios globais. Esse pragmatismo, no entanto, aponta para uma necessidade crescente de redefinir a parceria entre os dois blocos, com um foco maior em interesses mútuos, e não em uma relação exclusivamente baseada em valores compartilhados.