Amanda Zurawski, uma mulher de 37 anos, vivenciou uma situação traumática em 2022, quando, aos quatro meses de gestação, sua gravidez entrou em risco devido ao rompimento prematuro da bolsa. Em um contexto onde os médicos poderiam ter oferecido tratamento para salvar sua saúde, a legislação do Texas, que proíbe quase totalmente o aborto, impediu a intervenção. Isso levou Zurawski a desenvolver uma infecção grave e a precisar de cuidados médicos urgentes, deixando sequelas permanentes em seu corpo.
Após tornar pública sua história, Zurawski se tornou uma figura central na luta pelo direito ao aborto, ingressando como a principal autora de um processo contra a lei do Texas. A ação legal, que buscava contestar a proibição do aborto, destacou os perigos que as restrições à saúde reprodutiva podem trazer para as mulheres. Seu caso ganhou atenção em todo o país, e ela passou a ser um símbolo da resistência contra as restrições ao aborto.
Em 2024, a decisão do Tribunal Supremo do Texas de manter a proibição do aborto foi um golpe para Zurawski, que, mesmo devastada pela derrota, continuou sua militância, fazendo campanha em apoio à causa e alertando para os riscos de um governo que pudesse aprofundar essas restrições. Apesar da perda eleitoral de figuras como Kamala Harris, Zurawski permanece determinada a continuar lutando, convencida de que, sem esforço contínuo, as consequências para os direitos reprodutivos podem ser ainda mais severas.