A economia da Ucrânia tem se mostrado resiliente durante quase três anos de conflito com a Rússia, com o apoio de aliados internacionais, especialmente da União Europeia e dos Estados Unidos. Embora a guerra tenha causado uma recessão econômica severa, com a perda de parte significativa da infraestrutura e da força de trabalho, o país tem se mantido, em grande parte, devido ao financiamento externo. A Ucrânia recebeu mais de US$ 115 bilhões em ajuda internacional, permitindo-lhe estabilizar sua economia, manter a moeda e cobrir déficits orçamentários. No entanto, a continuidade dessa ajuda é crucial, especialmente com o risco de a assistência diminuir no futuro.
Apesar do apoio, a economia ucraniana enfrenta desafios sérios, como a destruição da infraestrutura energética, a escassez de força de trabalho e o aumento do custo de vida. Mais da metade das instalações de geração de energia do país foram destruídas ou ocupadas, e a demanda por energia é parcialmente suprida por fontes alternativas e importações. Além disso, a mobilização e os conflitos causaram uma redução substancial na população ativa, com milhões de ucranianos deslocados. O governo prevê que será necessário cerca de US$ 40 bilhões por ano para manter as operações militares e civis, sendo que a maioria desses recursos vem do exterior.
Em 2024, as exportações da Ucrânia cresceram 15%, contribuindo com US$ 41,6 bilhões, um montante semelhante à ajuda internacional do mesmo ano. O governo alocou US$ 49 bilhões em gastos com Defesa e Segurança para 2025, com o apoio contínuo de aliados internacionais, mas com a possível pressão fiscal interna. As negociações diplomáticas e a postura de países como os EUA serão determinantes para o futuro da Ucrânia, com a paz parecendo um objetivo distante por enquanto. O cenário permanece incerto, e a sustentabilidade da economia ucraniana dependerá da manutenção da ajuda externa e da estabilidade interna.