A história do café remonta a séculos atrás, com origens no Iémen do século XIII, onde o grão começou a ser cultivado e preparado em uma bebida energizante que se espalhou lentamente pelo mundo. A popularidade do café cresceu de maneira significativa em várias regiões, especialmente na Europa, onde o consumo foi impulsionado por sua chegada à França antes de se estabelecer na Inglaterra. O primeiro café britânico, inaugurado por um homem chamado Jacob em Oxford no ano de 1650, representa um marco dessa jornada.
Na época, o café era uma bebida simples, amarga e sem aditivos como o caramelos ou xaropes. Ainda assim, as pessoas eram atraídas por sua fragrância e pela promessa de um novo tipo de prazer social. Nos salões de Paris, o café servia como símbolo de sofisticação, como exemplificado em eventos realizados por diplomatas turcos, nos quais personalidades importantes como Isaac D’Israeli apreciavam a Mocha servida em delicadas xícaras de porcelana. O café, portanto, começava a se consolidar como um elemento de status e elegância.
Entretanto, o café do século XVII na Inglaterra era bem diferente do que conhecemos hoje. A bebida era comum, sem grandes variações, e seu sabor muito amargo. Nos primeiros cafés, o simples ato de degustar o café sem demonstrar desgosto era considerado uma habilidade social, com as mulheres especialmente habilidosas em esconder qualquer desagrado com a ajuda de seus leques. Assim, a bebida ganhou um espaço nas interações sociais, e a busca por aperfeiçoá-la começou a ser um reflexo das transformações culturais e sociais que tomariam forma ao longo dos séculos seguintes.