A natação desempenha um papel crucial na prevenção de afogamentos, especialmente em comunidades marginalizadas, como evidenciado pela experiência do nadador olímpico que quase se afogou aos 5 anos em um parque aquático da Pensilvânia. Após esse incidente, ele iniciou aulas de natação, mudando o curso de sua vida e se tornando defensor da segurança aquática. No entanto, muitas histórias trágicas de afogamentos não têm o mesmo desfecho positivo, especialmente entre crianças de comunidades diversas, onde a falta de habilidades de natação é alarmante. Em 2024, a OMS alertou sobre a crescente taxa de afogamentos, prevendo que mais de 7,2 milhões de pessoas poderiam morrer por afogamento até 2050, caso as tendências atuais continuem.
Estudos apontam que 64% das crianças negras e 45% das crianças latinas não possuem habilidades básicas de natação, uma situação que está diretamente relacionada a barreiras sistêmicas de acesso à educação aquática. Em muitas comunidades predominantemente negras, a natação é vista como um luxo, algo acessível apenas às classes mais altas e brancas, devido à falta de acesso a piscinas e programas adequados de ensino. Além disso, existe uma maior preocupação com o afogamento entre as famílias negras, que, historicamente, foram excluídas do aprendizado da natação, perpetuando o medo e a falta de competências em futuras gerações.
Investir em programas comunitários de natação acessíveis a todas as crianças é essencial para mudar esse cenário e salvar vidas. O apoio a organizações como Every Child a Swimmer, que oferece bolsas de estudo e parcerias com escolas de natação, pode ser fundamental. A educação em segurança aquática deve ser uma prioridade para escolas, cidades e organizações comunitárias, a fim de quebrar o ciclo de falta de habilidades em comunidades negras e latinas. Garantir que todas as crianças aprendam a nadar é uma questão de segurança, mas também de empoderamento e confiança para superar medos e barreiras sociais.