A cristalomancia, prática de adivinhação por meio de bolas de cristal, tem origens antigas em diversas culturas. Civilizações como os Celtas e Druidas, bem como os egípcios, usavam superfícies refletoras como água ou pedras polidas para se conectar com o mundo espiritual. Na Idade Média e no Renascimento, a bola de cristal ganhou popularidade entre ocultistas, sendo associada a tradições como a alquimia e a astrologia. Durante o século XIX, especialmente na Era Vitoriana, o uso das bolas de cristal se popularizou ainda mais, especialmente em sessões espíritas e práticas mediúnicas.
O uso das bolas de cristal para fins esotéricos continua sendo um símbolo de misticismo, alimentado pela cultura popular e pela literatura de ficção. As bolas de cristal podem ser feitas de diferentes materiais, cada um com suas características únicas e associações espirituais. O quartzo fumê, por exemplo, é utilizado para dissipar energias negativas, enquanto o quartzo rosa é ligado à cura emocional e ao amor-próprio. Já a ametista, com sua cor violeta, é associada à proteção psíquica e elevação espiritual, sendo comumente usada em meditações profundas.
Outros tipos de cristais, como a selenita, jade e citrino, são escolhidos por suas propriedades específicas. A selenita é usada em práticas de limpeza energética e meditação, enquanto o jade é procurado para rituais de prosperidade e equilíbrio emocional. O citrino, com suas cores douradas, está ligado à atração de abundância e criatividade. Cada tipo de cristal é escolhido conforme o objetivo esotérico e as energias que se deseja trabalhar, refletindo a crença de que esses materiais podem influenciar práticas espirituais e de adivinhação.