As escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro possuem origens diversas, que vão desde blocos carnavalescos até comunidades de diferentes bairros da cidade. Muitas delas têm raízes profundas em locais como os morros, onde surgiram a partir de encontros informais e rodas de samba, como foi o caso da Estação Primeira de Mangueira e a Unidos de Padre Miguel. Outras surgiram de fusões de blocos ou de grupos de amigos, como a Unidos do Viradouro, que começou em Niterói, ou a Beija-Flor, que se consolidou na Baixada Fluminense. A paixão pela música e pelo samba, bem como o envolvimento comunitário, foram fatores essenciais para o crescimento dessas escolas.
Além da relação com a comunidade, muitas dessas escolas de samba têm símbolos que representam aspectos históricos ou culturais das regiões onde se originaram. A Imperatriz Leopoldinense, por exemplo, homenageia a Estrada de Ferro Leopoldina e a Imperatriz Maria Leopoldina, enquanto a Vila Isabel se conecta com o legado de Noel Rosa. Cores, símbolos e enredos têm grande importância nos desfiles, e muitas escolas conquistaram títulos que refletem sua trajetória de inovação e tradição no samba, como é o caso da Portela, maior campeã do carnaval carioca, e a Beija-Flor, a maior vencedora da era do Sambódromo.
O carnaval carioca também é marcado pelas escolas que, embora atualmente desfilam na Série Ouro, mantêm grande influência no cenário cultural da cidade. O Império Serrano e a Estácio de Sá, por exemplo, têm uma longa história de contribuições ao samba e ao carnaval, sendo pioneiras em inovações de enredos e coreografias. Essas escolas continuam a representar suas comunidades com força e identidade, mantendo viva a história e a cultura que as originaram.