A demora na concessão dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se tornou um problema crônico no Brasil, com o número de requerimentos aguardando análise alcançando 1,985 milhão em novembro de 2024, o maior nível desde 2020. Essa fila crescente não é apenas uma questão administrativa, mas reflete uma crise social e econômica que afeta milhões de brasileiros, agravada por greves, paralisações e falhas no sistema. A espera prolongada tem levado muitos segurados a acumular dívidas e comprometer sua qualidade de vida, forçando-os a recorrer ao Judiciário para tentar acelerar o processo.
A falta de eficiência no sistema do INSS também está sobrecarregando os tribunais, que enfrentam uma crescente onda de ações judiciais. Embora o INSS tenha investido em modernização tecnológica, o número insuficiente de servidores e as defasagens nos sistemas de análise contribuem para a morosidade no atendimento. A situação é ainda mais crítica para os segurados, que frequentemente enfrentam erros em seus processos devido à burocracia excessiva e à falta de orientação adequada, o que leva ao indeferimento de muitos requerimentos.
A solução para esse problema passa pela melhoria no fluxo de concessão dos benefícios, com a ampliação e capacitação do quadro de servidores e investimentos na modernização dos sistemas. O governo precisa adotar uma abordagem mais eficiente para enfrentar os desafios enfrentados pelo INSS e garantir o acesso rápido e justo aos benefícios. Essa medida é fundamental para garantir a dignidade e qualidade de vida de milhões de brasileiros que dependem do sistema previdenciário.