A autora compartilha a experiência de ser mãe em Uganda, onde recebeu o apoio constante da família extensa. Sua mãe cuidava dela durante o pós-parto, oferecendo alimentos como katogo (uma mistura de plantain com carne) e porridge quente, e a apoiava em tarefas cotidianas. Essa rede de suporte foi fundamental durante a maternidade, especialmente após o nascimento de seu filho, e o termo “nakawere” era usado para demonstrar reverência pela mãe que passava por essa experiência transformadora.
Quando a autora se mudou para a Suíça com o marido e filhos, a realidade da maternidade sem o apoio familiar foi um choque. Embora já tivesse vivido na Europa antes, nunca tinha experimentado a maternidade fora de Uganda. Ela relata as dificuldades de se adaptar a um sistema onde as mães não recebem o mesmo suporte das famílias, e a sociedade ocidental parece tratar a maternidade de maneira mais indiferente. Essa transição trouxe à tona os desafios da maternidade solo em um ambiente culturalmente distinto.
O relato destaca as diferenças significativas entre a abordagem de apoio à maternidade em Uganda e na Europa. A autora expressa como a falta de uma rede de apoio familiar em um país estrangeiro tornou a maternidade mais difícil, refletindo sobre como as mulheres ocidentais lidam com essa realidade há tanto tempo. A mudança também a fez refletir sobre o modo como a sociedade valoriza as mães e a importância de uma rede de suporte no processo de cuidar de uma criança.