Nos anos 1970, o movimento Wages for Housework, que exigia pagamento por trabalho doméstico, era visto como excêntrico, até mesmo por algumas feministas da segunda onda, que deveriam apoiar suas causas. O grupo, composto por poucas dezenas de membros, era comparado a seitas, e suas ideias eram frequentemente ridicularizadas. No entanto, com o tempo, esse movimento, que se desfez na década de 1990 devido a conflitos internos, começa a parecer menos radical diante de questões contemporâneas.
Em 2025, o financiamento do cuidado social se tornou uma questão central no Reino Unido. Casos como o de Andrea Tucker, que desafiou uma cobrança de reembolso do auxílio de cuidador, demonstram a complexidade das políticas públicas relacionadas ao cuidado familiar e à linha tênue entre o trabalho remunerado e o trabalho doméstico. A discussão sobre o reconhecimento do trabalho não remunerado, especialmente nas tarefas de cuidado, tornou-se cada vez mais relevante.
Além disso, o conceito de uma renda básica universal, antes considerado uma ideia distante, está ganhando espaço no debate público. Experimentos como os realizados em Jarrow e East Finchley, além do apoio de figuras políticas como o prefeito de Manchester, Andy Burnham, indicam que, embora o movimento original tenha sido marginalizado, suas ideias sobre a valorização do trabalho doméstico e de cuidado começam a ser vistas com mais seriedade.