A primeira viagem internacional do novo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, gerou reações mistas. Durante sua visita à Bélgica, Alemanha e Polônia, ele fez declarações polêmicas sobre a Ucrânia e a Otan, que dividiram opiniões. Hegseth afirmou que a restauração das fronteiras ucranianas pré-2014 é um objetivo irreal e que a adesão da Ucrânia à Otan não é vista como parte da solução para o conflito iniciado pela invasão russa de 2022.
Embora tenha gerado críticas de alguns republicanos e aliados europeus, que consideraram suas palavras problemáticas, Hegseth obteve o apoio do presidente Donald Trump. Trump expressou concordância com as declarações sobre a Ucrânia e a Otan, destacando que o presidente russo Vladimir Putin não permitiria a adesão ucraniana à aliança militar. A posição de Hegseth reflete os princípios da política “América Primeiro”, característica da administração Trump.
Por outro lado, membros do Partido Republicano, como o senador Roger Wicker e o congressista Mike Turner, criticaram publicamente as falas de Hegseth. Wicker sugeriu que suas declarações eram algo que se esperaria de figuras da mídia conservadora, enquanto Turner alertou para a necessidade de manter discussões sobre a Otan e a Ucrânia dentro dos canais apropriados. Mesmo com essas tensões internas, Trump procurou suavizar os atritos, reafirmando a confiança em seus aliados e sublinhando que Hegseth tem desempenhado um bom trabalho.