A reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos tem sido mais desafiadora para os aliados e parceiros do que para os adversários, principalmente em sua postura agressiva. Embora a China não deseje uma guerra comercial com os EUA, o país estava mais preparado para lidar com as tarifas de Trump do que outras nações, e as negociações entre ambos parecem manter espaço para um possível acordo. Em seu segundo mandato, Trump não apenas enfrenta problemas com a China, mas também cria oportunidades que podem beneficiar Pequim.
Durante a administração anterior de Trump, a imagem internacional dos EUA sofreu um desgaste significativo, especialmente ao pressionar seus aliados de maneira intensa. Isso tem dado à China a oportunidade de se posicionar como uma alternativa mais atraente para alguns países. Por exemplo, a Colômbia, após ceder às pressões de Trump sobre o retorno de migrantes, viu um fortalecimento nas relações com Pequim. Similarmente, o Panamá, que inicialmente se afastou do plano chinês de infraestrutura, voltou a buscar estreitar laços com os EUA, embora sua posição continue a ser moldada por estratégias externas.
As tentativas de Trump de humilhar e forçar aliados a se submeterem a suas demandas podem ter efeitos contrários aos seus objetivos. A China, observando essas tensões, parece estar capitalizando as falhas de política externa dos EUA, o que pode consolidar ainda mais sua influência global. Isso demonstra que a abordagem agressiva e de curto prazo de Trump em relação aos parceiros internacionais pode, na verdade, beneficiar a China a longo prazo.