Na segunda administração do presidente, há uma mudança significativa em relação ao estilo e à estética associados ao poder político. A era da discrição e da postura cuidadosa dos Bidens dá lugar a um novo cenário marcado pelo brilho ostentoso e pelo exagero visual. A política passa a ser acompanhada por slogans chamativos, cabelos volumosos e logotipos caros, em contraste com a sofisticação metropolitana que marcava administrações anteriores, como a dos Obamas.
O discurso visual da administração Trump parece estar voltado para a criação de uma presença grandiosa e inconfundível, quase como uma exibição de poder desmedido. A ostentação, simbolizada por roupas caras e acessórios exagerados, reflete uma cultura em que a estética e o poder estão profundamente entrelaçados, mas sem qualquer preocupação com os limites do bom gosto. Em um mundo onde a responsabilidade política parece ter sido desassociada da autoridade, o estilo de vestir parece também transitar em direções impensadas.
Este novo tipo de poder parece não ter medo de ser barulhento ou excessivo, onde até mesmo as roupas e os acessórios se tornam um reflexo direto de uma retórica agressiva e de uma identidade política que busca se destacar em um cenário global cada vez mais volátil. O uso de roupas e símbolos que chamam atenção marca uma era que se distancia das formas anteriores de elegância contida e que promete uma política visualmente mais audaciosa e sem reservas.