As eleições gerais de 2026 começaram a se desenhar com o cenário partidário das eleições municipais de 2024, com as siglas já se preparando para a disputa. Partidos com desempenho mais modesto estão discutindo fusões e federações para garantir sua sobrevivência e representação no Congresso, além de acesso ao fundo eleitoral. Por outro lado, siglas com mais sucesso nas últimas eleições, como o PSD, MDB e PP, já têm uma posição mais confortável. A disputa tende a ser polarizada entre esses grandes partidos, com destaque para o papel do Centrão, que tem ganhado força e deve ser um dos protagonistas na próxima eleição.
O Centrão, composto por partidos de centro-direita e direita, tem se organizado como um bloco suprapartidário que atualmente influencia significativamente as articulações políticas. Esse grupo, que já foi considerado uma ala ligada à direita, continua a ser uma força importante nas negociações, com figuras como Gilberto Kassab, do PSD, atuando de forma pragmática em relação ao governo atual. A relação entre o Centrão e o governo de Lula se caracteriza por desconfiança mútua, e as alianças eleitorais dependerão da popularidade do presidente e da aprovação de seu governo.
Nos bastidores, outros partidos como o PL, União Brasil e Republicanos também estão se preparando para 2026. O PL enfrenta uma divisão interna sobre quem será o candidato à presidência, enquanto o União Brasil, embora distante do governo, mantém uma boa representação no Congresso. O Republicanos, com forte vínculo com a Igreja Universal, também busca aumentar sua influência no orçamento da União. A relação de todos esses partidos com o governo de Lula será estratégica e dependerá do desempenho do presidente nos próximos anos, com o Centrão priorizando sua sobrevivência política e alinhamento com o partido que estiver mais forte na corrida eleitoral.