Com o início da temporada de premiações, surge a questão sobre a relevância das categorias separadas de melhor ator e melhor atriz, que tradicionalmente distinguem gêneros nas premiações cinematográficas. A sugestão de eliminar essas divisões tem ganhado força em alguns círculos, com a ideia de promover uma maior igualdade entre os gêneros e incluir atores não binários. A mudança seria uma tentativa de modernizar as premiações e refletir as transformações sociais, seguindo o exemplo de outras áreas, como a música, que já adotaram a combinação de categorias.
No entanto, existem argumentos contrários à proposta, com a preocupação de que a eliminação das categorias possa resultar em uma representação insuficiente de mulheres nas premiações. Um exemplo disso foi a decisão do Brit Awards, que combinou as categorias de melhor artista solo em 2022, resultando em uma lista final exclusivamente masculina. Isso levanta o risco de minar a visibilidade feminina em um cenário em que ainda existem disparidades de gênero no setor.
A reflexão sobre o fim das categorias separadas não se limita apenas à questão de gênero, mas também à forma como as premiações podem continuar a evoluir para refletir a diversidade de talentos e identidades no mundo do entretenimento. A discussão segue em aberto, com diversos pontos de vista sobre como equilibrar inclusão e representatividade em eventos como o Oscar, sem sacrificar a diversidade necessária para garantir uma representatividade justa para todos os artistas.