A situação da Ucrânia se complica à medida que autoridades americanas se dirigem à Arábia Saudita para iniciar negociações diretas com Moscou sobre o fim da guerra, enquanto Kiev e seus aliados europeus buscam formas de garantir sua segurança. Durante a Conferência de Segurança de Munique, líderes europeus foram surpreendidos com declarações de autoridades dos EUA, incluindo o vice-presidente JD Vance, que criticaram a Europa e indicaram que o apoio a Kiev poderia ser limitado. A França, diante da situação, convocou uma reunião de emergência em Paris para discutir a resposta do continente europeu a esse cenário.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em visita aos Emirados Árabes Unidos, reafirmou que a Ucrânia não aceitará acordos sem sua participação direta, rejeitando propostas dos EUA relacionadas a minerais ucranianos que não ofereciam garantias de segurança. A falta de consenso entre os aliados ocidentais coloca a Ucrânia em uma posição delicada, já que a Europa está tentando definir sua estratégia diante de uma crescente pressão externa. A situação também gerou debates intensos, com líderes europeus como o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, sugerindo até a possibilidade de enviar forças militares para a Ucrânia, caso um acordo de paz seja alcançado.
Enquanto isso, a Rússia se prepara para negociações em um contexto tenso, com autoridades russas indo à Arábia Saudita para discutir o futuro da guerra e a normalização das relações com os EUA. A possibilidade de um encontro entre os presidentes Trump e Putin, já prevista para maio, também levanta questões sobre os interesses de Moscou no conflito. A situação continua a se desdobrar, com a Europa em alerta e tentando equilibrar suas relações com os Estados Unidos e a Rússia, enquanto a Ucrânia permanece em busca de uma estratégia própria para a segurança e a paz no território.