Nas últimas semanas, houve uma mudança significativa na política de ajuda externa dos Estados Unidos, com a suspensão de muitos programas e a revisão das ações da USAID, afetando a assistência humanitária e de desenvolvimento mundial. Embora um alívio tenha sido concedido para alguns programas de ajuda humanitária, grande parte das infraestruturas que apoiam comunidades vulneráveis permanece em incerteza. As consequências dessa decisão são visíveis, com o fechamento de unidades de saúde, a escassez de medicamentos e o aumento do risco de mortes evitáveis em áreas carentes.
O texto argumenta que, historicamente, o conceito de humanitarismo não se originou dos governos, mas da ação cristã. A Igreja foi pioneira na criação de hospitais, no movimento abolicionista e no atendimento humanitário global, muito antes de surgirem as grandes instituições internacionais. A moral cristã de dignidade humana, que prioriza o cuidado com os necessitados, continua a ser a base do trabalho humanitário, independentemente das mudanças políticas e financeiras no cenário global.
Diante do recuo da ajuda governamental dos EUA, a Igreja é chamada a redobrar seu compromisso com os necessitados, tanto em ações locais quanto globais. A responsabilidade moral da Igreja é entendida como central para a sua missão, não sendo dependente de recursos públicos ou de mudanças políticas. Além disso, a Igreja deve atuar como uma voz crítica e exigir que os governantes cumpram seu papel de responsabilidade social. Em um momento de incerteza política, a Igreja deve reforçar sua missão de cuidado e compaixão, lembrando sempre que sua responsabilidade está além das circunstâncias políticas e que a justiça divina orienta sua ação.