Em janeiro, as temperaturas atingiram o recorde histórico, e 18 dos últimos 19 meses ultrapassaram a média pré-industrial em 1,5°C. Esse dado revela que a crise climática não é uma ameaça distante, mas já é uma realidade que estamos vivenciando. A mudança no clima está afetando a todos, e os cientistas estão preocupados com a rapidez da deterioração ambiental, que pode ter consequências ainda mais graves nos próximos anos.
Embora a expectativa fosse que o ar mais frio sobre o Pacífico ajudasse a moderar as temperaturas neste inverno, isso não ocorreu, intensificando o impacto da crise. James Hansen, uma das principais figuras da pesquisa sobre o clima, alerta para os perigos de uma aceleração nas mudanças climáticas. Ele afirma que, se o ritmo de emissões de carbono não for reduzido, as correntes oceânicas poderão ser interrompidas, o que resultaria no aumento do nível do mar e em uma ameaça civilizatória global.
A ação para combater a crise climática não deve ser vista como um obstáculo ao crescimento econômico. Pelo contrário, proteger o meio ambiente e promover a sustentabilidade são aspectos complementares que podem impulsionar a economia. O momento de agir é agora, e é fundamental que as políticas públicas estejam alinhadas com a urgência de uma resposta eficaz à crise ambiental.