Nos últimos anos, as comunidades na Austrália e nos Estados Unidos têm se tornado cada vez mais vulneráveis aos incêndios florestais, que estão se tornando mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas. A temporada de incêndios na Austrália, por exemplo, tem se expandido, começando mais cedo e se estendendo mais para o outono, o que aumenta o risco de grandes incêndios. A preparação da população, como no caso de Jill Tacon, que foi capaz de detectar um incêndio a tempo de alertar os vizinhos, é essencial. A experiência australiana, marcada por catástrofes como os incêndios de 2019, serve de referência para os Estados Unidos, onde a devastação causada pelos incêndios na Califórnia em 2025 gerou um grande debate sobre como melhorar a prevenção e a resposta a essas tragédias.
As mudanças climáticas são apontadas como um dos principais fatores que contribuem para o aumento da gravidade e frequência dos incêndios. No entanto, além da ação climática, os métodos de gestão e prevenção também desempenham um papel crucial. A Austrália tem trabalhado em estratégias como a queima prescrita de áreas de risco e a educação comunitária para detectar os sinais de incêndios precoces. Em comparação, o sistema de resposta nos Estados Unidos, como evidenciado pelos incêndios devastadores na Califórnia, enfrentou desafios maiores devido às condições climáticas extremas e à escassez de recursos. A escassez de tempo entre os períodos de preparação e a necessidade de adaptação à nova realidade das mudanças climáticas têm pressionado ambos os países a rever suas abordagens.
Além da prevenção e adaptação, a urbanização e o planejamento territorial também são vistos como áreas chave para reduzir o risco. Mudanças nos códigos de construção e o uso de materiais mais resistentes ao fogo são sugeridos como medidas para mitigar danos. A experiência da Austrália, que aprendeu lições importantes após incêndios catastróficos nas décadas passadas, aponta para a necessidade de ações mais urgentes. Para os moradores em risco, as orientações atuais incluem a preparação antecipada e a evacuação precoce, algo que pode ser decisivo para salvar vidas. Com o aumento do custo dos seguros e a crescente incerteza, as comunidades enfrentam novos desafios para garantir a segurança e a resiliência diante dos incêndios.