Jennifer Ackerman, autora de “O que uma coruja sabe”, nos leva a uma jornada fascinante pelo mundo das corujas, animais que possuem habilidades extraordinárias ainda em processo de compreensão pela ciência. As corujas são aves enigmáticas e furtivas, que se adaptaram magnificamente ao mundo noturno, com capacidades sensoriais que incluem a habilidade de “ver” sons, graças a uma ligação única entre seus nervos auditivos e centros visuais no cérebro. Além disso, suas adaptações anatômicas permitem um voo silencioso, favorecendo sua caça noturna.
Estudos recentes revelam como os cientistas têm avançado no entendimento dessas aves, utilizando tecnologias inovadoras, como drones e câmeras infravermelhas, além de recursos mais simples, como cães farejadores, para rastrear suas atividades em habitats remotos. Essa tecnologia tem sido essencial para estudar comportamentos e interações de corujas em diversas partes do mundo, incluindo a América do Norte e a Austrália. Ackerman também descreve as contribuições de cientistas latino-americanos, como os pesquisadores brasileiros que investigam corujas-buraqueiras em Maringá.
Porém, nem tudo é positivo para as corujas. A autora também destaca os desafios que essas aves enfrentam devido a crenças populares equivocadas, muitas vezes associadas ao medo e à superstição. A exposição das corujas nos livros e filmes de “Harry Potter” incentivou o comércio ilegal de aves, já que muitas pessoas passaram a adotá-las como animais de estimação, o que é prejudicial para o bem-estar das corujas. Em seu trabalho, Ackerman reforça a importância da educação ambiental para mudar essas percepções e proteger essas criaturas fundamentais para os ecossistemas.