Dobrar um pedaço de papel várias vezes pode parecer simples, mas, na prática, é um desafio crescente. A cada dobra, a espessura do papel aumenta exponencialmente, o que torna o processo mais difícil. Esse fenômeno ocorre porque a resistência mecânica do material aumenta à medida que as camadas de papel se acumulam. Esse efeito é especialmente visível quando tentamos dobrar mais de oito vezes, um limite que, por muito tempo, foi considerado o máximo possível para papéis convencionais. No entanto, o Guinness World Records registra que a maior quantidade de dobras realizadas foi de 12 vezes, alcançada por uma americana, em 2002.
O sucesso na realização de 12 dobras só foi possível com o uso de um papel maior e mais fino, com 1.219 metros de comprimento. Isso se deve ao fato de que, ao dobrar um papel, a quantidade necessária para a dobra aumenta significativamente, especialmente no ponto onde ocorre a flexão. De acordo com a física, a espessura do papel dobra a cada nova dobra, o que, teoricamente, poderia fazer com que o papel, se dobrado infinitamente, alcançasse a Lua após 42 dobras e o Sol após 51.
O limite das dobras de papel também pode ser explicado pela resistência que o material apresenta. A cada dobra, a dificuldade de continuar aumenta, pois o papel se torna mais espesso e menos maleável. Esse fenômeno tem um impacto significativo na física do material, tornando as dobras cada vez mais exigentes em termos de força e resistência. Mesmo assim, o recorde de 12 dobras é uma demonstração de como a ciência e a experimentação podem superar os limites aparentemente naturais de materiais do cotidiano.