Albert Camus, filósofo existencialista, abordou a busca humana por sentido em um universo aparentemente indiferente. Embora não tenha formulado diretamente a pergunta sobre o sofrimento, suas reflexões indicam que a dor é uma parte inevitável da condição humana, e a tentativa de encontrar explicações lógicas ou divinas muitas vezes resulta no vazio. Para Camus, aceitar a vida diante do absurdo seria uma forma de vitória, um enfrentamento ativo da realidade sem respostas definitivas. Esse entendimento é reforçado por descobertas científicas, como a matéria escura, que também desafiam nossa capacidade de compreender o universo.
A visão de Ariano Suassuna, com sua ligação à cultura nordestina, também reflete sobre o sofrimento, apresentando a frase “Quem foi temperar o choro acabou salgando o pranto”, que mostra como tentar suavizar a dor pode intensificá-la. Por outro lado, Allan Kardec oferece uma perspectiva diferente, ao ver o sofrimento como parte de um processo evolutivo das almas. Para Kardec, a dor não é aleatória, mas um ciclo necessário para a evolução, algo que se alinha com as teorias de Charles Darwin sobre a evolução e renovação contínuas no universo.
Além disso, pensadores como São Tomás de Aquino sugerem que, embora o sofrimento seja uma parte constante da vida, ele está imerso em uma ordem superior e em leis naturais, demonstrando uma inteligência suprema que ordena a evolução do cosmos. Nesse contexto, a dor e o sofrimento, ainda que inescapáveis, podem ser vistos como parte de um processo maior, com cada indivíduo decidindo como enfrentá-los, seja com revolta, resignação ou a busca por um propósito maior.