O texto examina a transformação de atos comuns no jornalismo em formas de manipulação e desinformação nos Estados Unidos, especialmente durante o segundo governo de Donald Trump. A partir de incidentes cotidianos, como edições em entrevistas e ajustes em fotografias, o autor observa como ações básicas da mídia passaram a ser interpretadas como provas de um suposto viés ou manipulação política. Esse fenômeno gerou uma guerra assimétrica de desinformação, onde a interpretação distorcida de fatos aparentemente triviais leva à criação de narrativas que influenciam a opinião pública.
A situação se agrava com alegações de corrupção e subornos envolvendo órgãos de mídia, como o Politico, alimentadas por discursos políticos e fóruns nas redes sociais. Embora a acusação de que grandes veículos de comunicação estariam sendo subornados por agências federais seja infundada, o autor observa como essas falácias acabam ganhando relevância, influenciando decisões políticas e ações governamentais. A combinação de retórica anti-mídia e distorção de informações parece criar uma atmosfera de crescente desconfiança nas instituições jornalísticas, com implicações no funcionamento democrático.
O texto também aponta que, embora esses casos de desinformação tenham sido amplamente observados nas últimas décadas, a velocidade com que as mentiras se disseminam nas redes sociais e chegam aos formuladores de políticas é um fator novo. As implicações disso incluem a tentativa de minar a credibilidade de instituições jornalísticas importantes, como emissoras públicas e veículos de notícias independentes, colocando em risco o equilíbrio da cobertura política e o papel da mídia na sociedade democrática.