Um grupo de 79 países, incluindo o Brasil, manifestou apoio ao Tribunal Penal Internacional (TPI) após a imposição de sanções pelos Estados Unidos. As medidas, anunciadas pelo governo de Donald Trump, incluem punições financeiras e restrições de visto para indivíduos que colaborarem com investigações do TPI contra cidadãos norte-americanos e seus aliados. A declaração destaca o apoio inabalável ao tribunal e alerta sobre os impactos negativos das ações de Washington sobre a justiça internacional, especialmente em relação à investigação de crimes de guerra.
A presidente do TPI, Tomoko Akane, condenou fortemente as sanções, considerando-as uma ameaça séria ao funcionamento do tribunal e à ordem internacional baseada no Estado de Direito. O documento assinado pelos 79 países reforça a importância do TPI na promoção da justiça global e na luta contra a impunidade. Líderes europeus também criticaram a decisão dos EUA, defendendo a independência e a continuidade do trabalho do tribunal, essencial para garantir que crimes graves não fiquem impunes.
A reação a essas sanções tem gerado divisões entre os países. Enquanto nações como a Hungria apoiaram as medidas de Trump, outros países, como os membros da União Europeia e a Holanda, condenaram a ação, destacando a necessidade de autonomia para o TPI. Funcionários do tribunal se reuniram para avaliar os impactos das sanções e adotar estratégias para mitigar os efeitos financeiros, enquanto o governo dos EUA ainda não anunciou os nomes dos indivíduos sancionados.