Hoje, 10 de fevereiro, marca os 135 anos do nascimento do escritor russo Boris Pasternak, autor de obras imortais como “Doutor Jivago”. Em homenagem a essa data, o tradutor Astier Basílio revisitou um dos poemas mais conhecidos de Pasternak, realizando uma nova tradução. Desta vez, ele optou por uma estrutura em octossílabos, buscando aproximar-se mais do ritmo do original, que foi escrito em tetrâmetro iâmbico. O gesto visa não só prestar tributo ao autor, mas também refletir sobre a universalidade da sua poesia.
O poema traduzido por Basílio aborda temas profundos, como a autenticidade na arte e a busca por uma vida sem disfarces. Pasternak, por meio de suas palavras, sugere que o objetivo da arte não é o sucesso ou a fama, mas a entrega sincera de si mesmo. Ele enfatiza a importância de viver de maneira verdadeira e estar em sintonia com o amor e as vozes do futuro. A mensagem central do poema reforça a ideia de que a arte, quando genuína, deve estar conectada à própria essência do ser humano.
A tradução de Astier Basílio, feita em 1956, oferece uma nova interpretação para o público brasileiro, destacando não apenas a relevância de Pasternak, mas também a forma como sua obra transcende culturas e gerações. Ao revisitar esse poema, Basílio nos convida a refletir sobre o papel da arte e da vida autêntica em um mundo cada vez mais voltado para o superficial e a busca incessante por reconhecimento.