O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil comemorou a abolição da pena de morte no Zimbábue, um país com 16 milhões de habitantes localizado no sul da África. A medida foi sancionada pelo presidente Emmerson Mnangagwa após a aprovação de uma lei pelo Parlamento zimbabuano, que também comutou as penas de 62 pessoas que estavam no corredor da morte para prisão perpétua. Essa mudança legal era discutida desde 2023 e representa um passo importante para o Zimbábue em direção ao respeito pelos direitos humanos.
Com a decisão, o Zimbábue se junta a um número crescente de países que aboliram a pena de morte, reforçando seu compromisso com os direitos fundamentais dos indivíduos. A abolição reflete uma tendência mais ampla no continente africano, onde mais de 20 países já eliminaram a pena capital e onde o movimento abolicionista tem se fortalecido nos últimos anos. Para o MRE, essa medida representa um avanço significativo no continente, destacando a importância de combater práticas consideradas cruéis, desumanas ou degradantes.
O Zimbábue não realiza execuções desde 2005, e a abolição da pena de morte é vista como um marco para a região. A decisão também alinha o país com iniciativas internacionais, como a Força-Tarefa Inter-Regional sobre a moratória do uso da pena capital, promovida pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 2024, a resolução sobre a moratória recebeu apoio recorde, refletindo um crescente consenso global contra a pena de morte.