A semana começou com turbulência para as ações da WEG (WEGE3), que caíram quase 8% após o mercado reagir ao efeito DeepSeek, uma nova tecnologia da China que pode impactar o desenvolvimento de inteligência artificial (IA). A preocupação gerada no mercado é a de que a IA, se desenvolvida de forma mais concentrada na China, possa reduzir a demanda por investimentos em infraestrutura de data centers, o que afetaria diretamente empresas de transmissão e distribuição de energia, como a WEG. A startup chinesa DeepSeek lançou uma IA com custos menores e menor consumo de energia, o que fez com que ações de empresas de tecnologia e infraestrutura, incluindo a WEG, apresentassem quedas significativas.
Apesar da queda, analistas apontam que o impacto real sobre a WEG ainda é incerto. A empresa continua a ver uma forte demanda por seus produtos, especialmente nos Estados Unidos, o que deve sustentar seu crescimento no curto e médio prazo. A XP e o BTG Pactual consideram que a reação do mercado foi exagerada, pois a WEG tem menor exposição à infraestrutura de IA do que seus concorrentes e seu portfólio continua a ter uma demanda robusta, principalmente em novos mercados e com o fortalecimento do dólar. A expectativa de crescimento de lucros da companhia segue positiva, sem grandes revisões negativas.
Enquanto isso, instituições como o Goldman Sachs permanecem mais cautelosas com a WEG, mantendo uma recomendação de venda devido à expectativa de crescimento abaixo da média no futuro, combinado com uma avaliação superior à mediana histórica. Já o BBI aponta que, apesar da turbulência gerada pelo efeito DeepSeek, a demanda por infraestrutura de T&D nos Estados Unidos segue firme e deve continuar impulsionando os negócios da WEG. O mercado parece dividido, mas a maioria dos analistas ainda vê a empresa como uma boa oportunidade de investimento a longo prazo.