Pete Hegseth foi confirmado como novo secretário de Defesa dos Estados Unidos após uma votação apertada no Senado, que terminou 51-50, com o voto de desempate do vice-presidente JD Vance. A nomeação, que gerou controvérsias internas, especialmente entre os republicanos, sinaliza uma possível mudança nas políticas do Pentágono, com uma orientação mais nacionalista e isolacionista, refletindo as visões de Hegseth sobre questões militares e internacionais. O ex-comentário da Fox News e veterano do Exército se destacou por suas posições fortes contra instituições internacionais como a Otan e por sua defesa de um alinhamento mais centrado nos interesses dos Estados Unidos.
Durante o processo de confirmação, Hegseth enfrentou questionamentos sobre seu passado, incluindo alegações de conduta imprópria e problemas financeiros em organizações que liderou, como Vets for Freedom. Embora tenha negado muitas das acusações, as revelações sobre seu histórico pessoal e profissional dividiram a opinião pública, com alguns senadores republicanos se posicionando contra sua nomeação. A sua visão sobre o papel das mulheres e de pessoas transgênero nas forças armadas também gerou críticas, tanto de defensores dos direitos humanos quanto de outros setores da política americana.
Agora, à frente do Pentágono, Hegseth terá que lidar com os desafios de manter a coesão da Otan e de gerenciar as complexas relações militares internacionais, especialmente em um cenário global de tensões com a Rússia e a China. Suas propostas de reestruturar as forças armadas dos Estados Unidos, focando em um retorno a políticas mais tradicionais, podem alterar a dinâmica das alianças militares do país, enquanto sua postura sobre questões internas e externas promete marcar seu mandato.