A Baixada Santista, no litoral de São Paulo, enfrenta um surto de virose desde o final de 2024, com sintomas como diarreia, náuseas e vômitos em alta. O aumento nos casos resultou em superlotação nas unidades de saúde e escassez de medicamentos nas farmácias da região. A Prefeitura de Guarujá suspeita que o esgoto clandestino possa estar contaminando as águas do mar, o que foi investigado por meio de amostras de água enviadas ao Instituto Adolfo Lutz. Médicos infectologistas destacam que a virose é um termo genérico que engloba doenças causadas por vírus, e que sua transmissão se dá principalmente pelo contato com alimentos contaminados ou superfícies mal higienizadas.
Os especialistas explicam que as viroses afetam principalmente o trato gastrointestinal e podem durar de um a sete dias. O tratamento adequado envolve hidratação constante e o uso de medicamentos para aliviar os sintomas. Embora o antibiótico seja ineficaz contra vírus e possa até causar complicações, médicos alertam que ele só deve ser usado em casos de complicações bacterianas. A prevenção inclui cuidados com a higiene, consumo de alimentos bem preparados e a atenção redobrada com as condições de balneabilidade das praias.
Em relação ao surto, os números de atendimentos nas cidades da região aumentaram significativamente no final de dezembro e início de janeiro. A cidade de Guarujá, por exemplo, registrou mais de 2.000 atendimentos em suas unidades de saúde. Enquanto alguns municípios, como Praia Grande, não chegaram a declarar surto, a situação gerou um debate sobre o saneamento e a gestão de resíduos, com autoridades focadas em identificar o vírus causador e implementar medidas preventivas.