A Colômbia enfrenta uma grave crise de violência, com milhares de pessoas sendo forçadas a abandonar suas casas em busca de segurança. A cidade de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, se tornou um ponto de refúgio para os deslocados, após o estádio General Santander ser transformado em abrigo temporário. O conflito teve início com o aumento das hostilidades entre grupos armados, incluindo dissidentes das Farc e o Exército de Libertação Nacional, que rejeitaram o acordo de paz de 2016. A disputa se concentra na região de Catatumbo, importante para a produção de cocaína e alvo de várias facções.
A violência tem gerado um alto número de vítimas, com mais de 100 mortes em uma semana e dezenas de civis sendo assassinados em confrontos entre facções. As autoridades locais relatam uma série de assassinatos seletivos, e a população de Catatumbo, uma das mais afetadas, vive em uma situação de guerra constante, com o governo e grupos armados lutando pelo controle da área. Em resposta à situação, a Defensoria Pública informou que pelo menos 11 mil pessoas foram deslocadas recentemente, configurando uma das maiores crises humanitárias da região.
O presidente Gustavo Petro, que inicialmente buscava uma solução pacífica, suspendeu as negociações com o Exército de Libertação Nacional, após acusações de crimes de guerra contra o grupo. O governo agora enfrenta desafios crescentes para lidar com a violência e os deslocamentos forçados, enquanto a comunidade internacional acompanha com preocupação a escalada do conflito.