A violência e o controle exercido por milícias e facções criminosas nas comunidades do Rio de Janeiro continuam a impactar fortemente a vida dos moradores, criando um ambiente de medo e opressão. Em áreas dominadas por esses grupos, os residentes são forçados a seguir regras rígidas e a viver sob constante vigilância, onde gestos e comportamentos podem ser mal interpretados, gerando consequências fatais. Recentemente, um homem foi morto após ser confundido com um miliciano devido à cor da sua roupa, ilustrando a violência indiscriminada associada a essas disputas pelo poder. Casos semelhantes ocorrem em diversas regiões do estado, refletindo uma situação de insegurança generalizada.
Além dos conflitos armados, a presença do tráfico de drogas afeta diretamente a mobilidade e a liberdade dos moradores. Em algumas áreas, como a Ilha do Governador, facções criminosas chegaram a criar seus próprios aplicativos de transporte, substituindo o serviço de empresas formais e mostrando o nível de controle que exercem sobre o cotidiano local. Esse cenário de controle paralelamente ao narcotráfico reflete uma dificuldade crescente para os cidadãos, que enfrentam restrições e riscos ao tentar acessar áreas essenciais de suas comunidades.
As mulheres também são vítimas dessa opressão, sendo punidas por infrigir regras impostas pelo tráfico, como no caso de mulheres do Complexo da Serrinha, que sofreram represálias por supostamente passarem informações. Cortes de cabelo como punição e outras formas de violência destacam a severidade com que os grupos exercem seu domínio. A situação no Rio de Janeiro é um reflexo claro de como a ausência do Estado e a atuação de poder paralelo afetam a vida das pessoas, criando uma realidade onde a liberdade é limitada e a violência é uma constante.