O vice-presidente do PT e prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, se manifestou em defesa de dois acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018. Em uma postagem no Instagram, Quaquá criticou a falta de provas sobre o envolvimento dos acusados e expressou apoio aos familiares deles. O posicionamento gerou uma resposta contundente de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, que prometeu recorrer ao comitê de ética do partido, acusando Quaquá de agir de forma irresponsável e desrespeitosa.
Além da defesa dos acusados, Quaquá tentou associar o ex-presidente Jair Bolsonaro ao caso, o que foi descartado pela investigação da Polícia Federal. Ele afirmou que a investigação não destacou o fato de que o principal suspeito esteve próximo à residência de Bolsonaro pouco após o crime. Apesar de ser um defensor consistente dos acusados, Quaquá enfrentou críticas dentro de seu próprio partido, que, no entanto, o manteve em sua posição de vice-presidência após uma reunião interna.
Este não é o primeiro episódio de divergência de Quaquá com o PT em relação ao caso Marielle. Quando os acusados foram presos em 2024, Quaquá já havia manifestado dúvidas sobre a participação de um dos envolvidos. Embora tenha causado atritos no partido, sua postura foi respaldada pela liderança petista, que rejeitou sua remoção do cargo, mantendo a divisão sobre o caso dentro da sigla.