As votações de vetos no Congresso tendem a mobilizar a força política do governo, especialmente quando há medidas do presidente que podem ser derrubadas. Um exemplo disso é o veto de Jair Bolsonaro sobre a gratuidade de bagagens em voos domésticos, que se arrasta desde 2022. Embora haja pressão popular pela derrubada do veto, o setor aéreo resiste, e a medida continua sem consenso. A situação é ainda mais complexa, pois há divisão interna no governo sobre a postura a ser adotada, com ministros de diferentes áreas defendendo posições divergentes.
Outro tema importante envolve vetos à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que bloqueiam emendas parlamentares obrigatórias e modificações no fundo partidário. O governo de Lula tem enfrentado críticas pela falta de diálogo com o Congresso sobre essas questões, mas há uma expectativa de que um acordo possa ser alcançado. Além disso, a oposição tem se mostrado firme na intenção de derrubar vetos relacionados à LDO, especialmente aqueles que, segundo críticos, atendem apenas a interesses do governo e não ao público em geral.
Além desses temas, o Congresso terá de decidir sobre vetos à Lei Geral do Esporte e questões relacionadas a incentivos fiscais. Há uma pressão crescente para que esses vetos sejam analisados ainda no início de 2025, principalmente no que diz respeito a benefícios fiscais para o setor esportivo e a legislação sobre agrotóxicos. A expectativa é de que as negociações sejam intensas, já que diferentes setores, como o ruralista e o esportivo, buscam garantir seus interesses.