O Índice dos Fundos Imobiliários (Ifix) registrou uma queda significativa de 1,41% nesta sexta-feira, em meio às recentes mudanças na reforma tributária, com o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à isenção de tributos para determinados fundos, incluindo os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e os Fiagros. O veto exclui essas carteiras das exceções à nova Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), novos impostos que passarão a incidir sobre operações com imóveis e outros bens.
Apesar das incertezas, analistas destacam que a isenção dos dividendos dos FIIs não foi afetada pelo veto, como esclareceu Marcos Baroni, da Suno Research. O impacto da medida seria mais significativo sobre o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) que, no caso dos FIIs, recairia sobre a locação de imóveis, uma das principais fontes de receita dessas carteiras. No entanto, especialistas sugerem que a mudança poderia ser absorvida de diversas formas, como a negociação do repasse do imposto entre locadores e inquilinos.
Para o futuro, as projeções indicam que os efeitos diretos sobre os rendimentos dos fundos imobiliários serão limitados, com o impacto sendo mais sentido a partir de 2029. Em 2025, nada muda em relação aos rendimentos atuais, e o impacto nos primeiros anos será reduzido. A adaptação dos fundos à nova tributação dependerá das características específicas de cada região e do mercado de locação, mas, em geral, a tendência é que os fundos imobiliários continuem a ser uma opção atrativa para os investidores, apesar das mudanças tributárias em andamento.