Os fortes ventos do deserto de Santa Ana, que devem atingir Los Angeles neste domingo, 12, complicam ainda mais os esforços para conter os incêndios florestais que devastam a região desde a semana passada, deixando ao menos 16 mortos. O maior incêndio, o Palisades, continua avançando, mesmo com os bombeiros conseguindo controlar algumas áreas. A situação climática crítica deve persistir até a próxima quarta-feira, com a intensificação dos ventos, que podem espalhar as chamas para áreas densamente povoadas da cidade, incluindo o bairro de Brentwood e locais famosos como o Museu J. Paul Getty e a UCLA.
Combinados, os incêndios Palisades, Eaton, Kenneth e Hurst consumiram uma área superior a 160 quilômetros quadrados, o que equivale a mais de três vezes o tamanho de São Francisco. O incêndio de Eaton, um dos mais mortais da história do Estado, já causou 11 mortes, e as autoridades temem que o número de vítimas aumente, pois muitas pessoas continuam desaparecidas. Enquanto novas ordens de evacuação são emitidas para cerca de 150 mil pessoas, os moradores que retornam encontram suas casas destruídas e cobertas de cinzas.
O combate aos incêndios conta com o apoio de equipes de vários estados dos EUA, além do México e do Canadá. O auxílio inclui bombeiros, equipamentos e aeronaves, ressaltando a solidariedade internacional. No entanto, o esforço para controlar as chamas ocorre em meio a críticas à gestão local, com autoridades questionando a infraestrutura disponível, como a falta de água em hidrantes e a inatividade de um grande reservatório. A prefeita de Los Angeles e o governador da Califórnia enfrentam pressão para esclarecer os motivos dessas falhas no combate aos incêndios, enquanto a cidade lida com a maior crise de sua história recente.