A Venezuela anunciou, nesta segunda-feira (6), o rompimento das relações diplomáticas com o Paraguai após o presidente Santiago Peña ter reafirmado o reconhecimento de Edmundo González, líder opositor, como presidente eleito da Venezuela. Peña, em uma publicação nas redes sociais no dia 5 de janeiro, afirmou ter discutido com González e com María Corina Machado, outra figura importante da oposição, sobre a importância da união da América do Sul contra regimes autoritários e em defesa da democracia.
O posicionamento de Peña se baseia na afirmação de que análises independentes confirmaram a vitória de González nas eleições presidenciais de julho de 2024, embora o governo venezuelano, sob Nicolás Maduro, tenha declarado o atual presidente como vencedor. Observadores internacionais também destacaram a falta de transparência nas eleições, o que gerou críticas ao processo eleitoral controlado pelo governo de Maduro.
Como resposta, o governo venezuelano anunciou a expulsão de todos os diplomatas paraguaios e emitiu uma ordem de prisão contra González, oferecendo uma recompensa de US$ 100 mil por informações sobre seu paradeiro. A tensão entre os dois países ocorre no momento em que o atual presidente da Venezuela se prepara para assumir seu terceiro mandato em 10 de janeiro, enquanto diversos países, como os Estados Unidos, reconhecem o opositor como o verdadeiro vencedor da eleição.