As eleições presidenciais de 2024 na Venezuela, realizadas em 28 de julho, foram marcadas por uma série de irregularidades que geraram desconfiança em relação ao processo eleitoral. O governo dificultou a participação da oposição, com destaque para a exclusão de uma das principais líderes opositoras e a imposição de obstáculos a fiscais da oposição. Após a votação, o Conselho Nacional Eleitoral declarou vitória para o atual presidente, enquanto a oposição, com base em documentos coletados nos locais de votação, afirmou que outro candidato havia vencido. A controvérsia levou a protestos violentos e ao aumento da repressão, com prisões e mortes, além de denúncias de abusos por parte das forças de segurança.
A reação internacional foi intensa, com vários países, como os Estados Unidos e países da União Europeia, manifestando apoio à oposição e questionando a transparência do processo eleitoral. Organizações como o Centro Carter corroboraram as alegações de fraude, apontando que os dados da oposição indicavam uma vitória ampla do outro candidato. A comunidade internacional pressionou pela liberação das atas eleitorais, que continuam em sigilo, enquanto o governo de Maduro se isolou politicamente, rompendo relações diplomáticas com algumas nações e enfrentando críticas severas, inclusive de aliados históricos.
Com a cerimônia de posse marcada para 10 de janeiro de 2025, o atual presidente da Venezuela assumirá um novo mandato em um contexto de grandes tensões políticas e sociais. A posse deve contar com a presença de poucos líderes internacionais, já que vários países da região, incluindo Argentina e Chile, não enviarão representantes. A expectativa é de um evento esvaziado, com a maioria dos aliados do governo venezuelano presentes, enquanto a oposição, representada por seus aliados internacionais, continua a desafiar o resultado das eleições.