A oposição venezuelana denunciou a detenção de uma das principais vozes contra o regime de Nicolás Maduro, após sua participação em uma manifestação em Caracas. A líder, que havia ficado oculta por cinco meses devido a ameaças do governo, reapareceu publicamente pouco antes da posse do presidente para um novo mandato, após uma eleição contestada pela comunidade internacional. Durante a manifestação, que ocorreu em 9 de janeiro, ela foi abordada e detida violentamente pela polícia de Maduro, sendo levada à força, embora tenha sido liberada poucas horas depois.
O incidente gerou uma onda de condenações internacionais, incluindo de líderes como os presidentes da Argentina e do Panamá, que caracterizaram a ação como uma demonstração de autoritarismo e repressão. O governo dos Estados Unidos também expressou seu repúdio à tentativa de intimidação da oposição democrática. Por outro lado, o ministro do Interior da Venezuela, em declaração oficial, negou que a detenção tivesse ocorrido, desmentindo as alegações da oposição.
O governo brasileiro, que não reconhece oficialmente o resultado da eleição presidencial venezuelana, ainda estava analisando os desdobramentos do caso. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não havia decidido se enviaria a embaixadora para a cerimônia de posse, aguardando uma avaliação mais profunda sobre a situação política no país vizinho. O episódio é mais um capítulo na crescente tensão entre o governo de Maduro e a oposição interna, além das críticas da comunidade internacional ao regime autoritário.