A Venezuela impôs uma multa de US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 60 milhões) ao TikTok, acusando a plataforma de negligência na supervisão de desafios virais perigosos. A decisão veio após a morte de três adolescentes, que participaram de desafios no aplicativo que resultaram em envenenamento de centenas de jovens em diversas escolas. O Supremo Tribunal do país determinou que a empresa pagasse a multa dentro de oito dias e criasse um fundo de apoio às vítimas desses desafios, com foco na compensação dos danos psicológicos e emocionais, especialmente entre crianças e adolescentes.
Este processo foi iniciado em novembro, quando as autoridades decidiram intervir após os incidentes envolvendo os desafios no TikTok. As substâncias químicas utilizadas pelos jovens estavam sendo promovidas por meio de publicações virais na plataforma. O governo venezuelano tem pressionado a empresa para adotar medidas mais rígidas no controle de conteúdos que possam oferecer riscos à saúde de seus usuários. Além disso, a situação ocorre em um contexto de crescente escrutínio internacional sobre o TikTok, com outros países, como os Estados Unidos, também levantando preocupações sobre a segurança e privacidade dos dados dos usuários.
Além da Venezuela, outros países têm tomado medidas contra o TikTok devido a preocupações sobre a segurança digital e o impacto das redes sociais em crianças e adolescentes. França, Canadá e Brasil também iniciaram investigações e ações contra o aplicativo, exigindo mudanças no controle de dados e na proteção dos menores. A pressão global sobre a plataforma reflete um debate mais amplo sobre o papel das redes sociais na formação do comportamento e na exposição dos jovens a conteúdos potencialmente prejudiciais.