A Venezuela fechou sua fronteira com o Brasil por três dias a partir de 10 de janeiro, data em que Nicolás Maduro assumiu seu terceiro mandato consecutivo. O fechamento foi uma decisão das autoridades venezuelanas, conforme comunicado do Itamaraty. No contexto da posse, que foi marcada por disputas políticas internas, o líder opositor Edmundo González criticou a legitimidade do novo mandato, alegando que Maduro se autoproclamou ditador. Por outro lado, Maduro, em sua cerimônia de posse, reafirmou seu compromisso com a paz e o desenvolvimento do país, cercado de apoio de instituições militares e aliados como o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.
Durante a posse, Maduro recebeu juramentos de lealdade de militares e oficiais e foi proclamado vencedor das recentes eleições, que são contestadas pela oposição. A falta de transparência nos resultados eleitorais gerou acusações de fraude, com González reivindicando a vitória, alegando um alto índice de apoio popular. A situação interna da Venezuela permanece tensa, com a oposição continuando a desafiar a legitimidade do governo, ao passo que a administração de Maduro promete uma agenda de reforma constitucional e recuperação econômica.
Internacionalmente, o governo de Maduro enfrentou críticas de diversos países e organizações. Os Estados Unidos chamaram a posse de uma “farsa” e aumentaram as recompensas por sua captura, enquanto a União Europeia e o Reino Unido reiteraram a falta de legitimidade de sua presidência. Em contraste, a Rússia parabenizou Maduro e reafirmou seu apoio ao governo venezuelano. A crise política e institucional na Venezuela continua a se intensificar, com divisões internas e externas que indicam um cenário de incertezas para o futuro político do país.