Com a chegada do carnaval de 2025, vendedores ambulantes e bares no Rio de Janeiro se preparam para um aumento nas vendas, impulsionado pela maior duração do pré-carnaval, que começa já em janeiro. Para trabalhadores como André Pacheco, que vende bebidas na Lapa há 20 anos, o carnaval mais tarde, em março, representa uma expectativa de crescimento de 50% nas vendas, já que os foliões começam a se concentrar nas ruas mais cedo. A presença de turistas, tanto brasileiros quanto estrangeiros, também tem reforçado a confiança no aumento da movimentação nas áreas turísticas da cidade, como a Lapa e Santa Teresa.
Além dos vendedores ambulantes, bares e restaurantes estão ajustando suas operações para acompanhar o aumento de público nos blocos de rua. O Super Bar, por exemplo, precisou estender seu horário de funcionamento, prevendo um crescimento de 30% no faturamento durante o pré-carnaval. No entanto, o impacto do evento varia de acordo com o tipo de estabelecimento, já que bares voltados ao público executivo e fora das áreas turísticas não devem experimentar os mesmos benefícios. Para o setor de bares e restaurantes, o carnaval se mantém uma temporada de pico, mas o impacto do evento ainda é subjetivo, sem dados concretos sobre o desempenho financeiro.
No setor de hotelaria, a data do carnaval em março oferece uma vantagem extra, permitindo que turistas se planejem melhor para participar da festa, além de prolongar a alta temporada de verão. Com a desvalorização do real, o Rio se tornou ainda mais atraente para os turistas internacionais, o que deve impulsionar o fluxo de visitantes. No entanto, a data móvel do carnaval continua a ser um tema de debate, com tentativas passadas no Congresso para fixar o evento na primeira terça-feira de março, com o objetivo de beneficiar tanto os setores envolvidos na festa quanto os turistas.