Em novembro de 2024, as vendas no varejo brasileiro apresentaram uma queda de 0,4% em comparação com o mês anterior, superando a expectativa de uma retração mais modesta de 0,2%. No entanto, em relação ao mesmo período do ano anterior, o volume de vendas registrou um aumento de 4,7%, com a principal contribuição vinda dos setores de alimentos, farmácia e vestuário. O varejo ampliado, que inclui itens como veículos e material de construção, sofreu uma queda de 1,8% em novembro, enquanto a média móvel trimestral permaneceu estável.
O desempenho setorial foi misto, com cinco dos oito segmentos analisados registrando retrações em relação a outubro, como móveis e eletrodomésticos (-2,8%) e artigos farmacêuticos (-2,2%). Por outro lado, setores como combustíveis (1,5%) e vestuário (1,4%) apresentaram crescimento. Em termos de comparação anual, os segmentos de artigos farmacêuticos e vestuário tiveram bons desempenhos, com altas de 10,2% e 8%, respectivamente. No entanto, o setor de livros e papelaria continuou sua trajetória negativa, com queda de 10,6% em relação a novembro de 2023.
O varejo ampliado também enfrentou resultados mistos. O setor de veículos e motos, embora tenha crescido 4,5% em relação ao ano anterior, experimentou uma retração de 7,6% na comparação mensal. Já o material de construção teve crescimento de 3,2% frente ao mesmo mês de 2023. O segmento de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou a maior queda no setor, com perdas de 11,7% no volume de vendas. Apesar da queda no desempenho mensal, o varejo brasileiro apresenta um cenário relativamente positivo ao olhar para o ano de 2024, com alguns setores ainda em expansão.