As vendas no comércio varejista brasileiro recuaram 0,4% de outubro para novembro de 2024, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados pelo IBGE. A queda foi impulsionada principalmente pelo setor de móveis e eletrodomésticos, que registrou uma retração de 2,8%. Apesar disso, o desempenho é considerado dentro da estabilidade, especialmente quando comparado com o crescimento observado em outubro, quando o comércio teve uma alta de 0,4%. No acumulado de 2024, as vendas no varejo cresceram 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Embora tenha havido retrações em setores como artigos farmacêuticos, perfumaria e livros, o desempenho positivo de segmentos como equipamentos de informática (3,5%) e combustíveis (1,5%) contribuiu para um quadro de crescimento acumulado de 4,6% nos últimos 12 meses. O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, destaca que a variação de 0,4% é considerada uma estabilização do setor, especialmente após um início de ano com cinco meses consecutivos de crescimento. O setor de supermercados, que representa mais da metade do varejo nacional, teve uma pequena retração de 0,1%, sendo impactado pela inflação dos alimentos.
Em termos de vendas ampliadas, que incluem também veículos e materiais de construção, o varejo apresentou uma queda de 1,8% entre outubro e novembro. Contudo, no acumulado do ano, o setor continua a apresentar um desempenho positivo de 4,4%. Esses números refletem uma adaptação do comércio a uma fase de maior estabilidade após os crescimentos expressivos observados no início de 2024. O resultado sugere uma acomodação após altas recentes, com o setor ainda apresentando desempenho positivo em comparação aos anos anteriores.