As vendas de champanhe sofreram uma queda significativa no último ano, com uma redução de quase 10% nas exportações da França, totalizando 271 milhões de garrafas. Este declínio representa o segundo ano consecutivo de retração no setor, impulsionado principalmente pela inflação e pelo clima de incerteza econômica que afeta os consumidores ao redor do mundo. A diminuição nas vendas é atribuída ao fato de que muitos consumidores estão cortando gastos com produtos considerados de luxo, como o champanhe, em meio à instabilidade econômica global.
No mercado interno francês, as vendas também registraram uma queda de 7%, impactadas pela situação política e econômica do país, que inclui uma recente eleição e um parlamento suspenso. Além disso, fatores externos como os conflitos geopolíticos e a cautela nos maiores mercados de champanhe, como os Estados Unidos, têm dificultado a recuperação do setor. A gigante do luxo LVMH, por exemplo, previu um ano desafiador para 2024, após uma redução de 15% nas vendas de espumantes no primeiro semestre de 2023.
Embora as perspectivas para o setor sejam sombrias, representantes da indústria acreditam que o modelo organizacional do champanhe continua sólido e capaz de superar a adversidade. Além disso, algumas casas de champanhe têm se adaptado ao cenário atual, investindo em práticas mais ecológicas e sustentáveis, na tentativa de atrair consumidores conscientes. No entanto, o impacto das mudanças climáticas, como o calor extremo e as geadas precoces que afetaram as safras, também representa um desafio adicional para os produtores de champanhe.